02 janeiro 2011

Auto-Hipnose na Aprendizagem

Calvin
Calvin | Google Imagens

 

Introdução

Em termos de aprendizagem, podemos dizer que diferença a fundamental entre o ser humano e os outros animais está na sua capacidade de “aprender continuadamente”. É isso mesmo: o ser humano nasce para aprender.

Mesmo sem que percebamos, aprendemos continuadamente, do nascimento até o último dia de vida. Você não precisa estar na escola ou ler um livro para aprender; você aprende a cada informação que seus sentidos percebem, a cada imagem que seus olhos percebem, a cada som que seus ouvidos percebem, “mesmo que não queira aprender”. Esta “capacidade de aprender” é inata e comum a todas as pessoas, sem distinção de raça, cor de pele, sexo ou classe social. O “milagre da inteligência” ocorre a cada instante, a cada piscar de olhos.

Nosso cérebro é anatômica e funcionalmente preparado para trabalhar sem parar até mesmo quando dormimos. Saiba que todas as informações que percebemos durante o dia são processadas nas primeiras horas do sono (quando muita gente pensa que o cérebro para pra descansar) e aquelas informações que nos são mais interessantes, mais expressivas e mais necessárias são devidamente armazenadas na nossa memória. Por isso é que aprendemos, justamente, quando estamos dormindo.

Nosso cérebro também não tem limites para aprendizagem; cada um de nós, seja branco, negro, homem, mulher, alto, baixo, gordo, magro, possui uma “capacidade de aprender” ILIMITADA. Cada um de nós PODE APRENDER TUDO O QUE QUISER e QUANDO QUISER. Basta querer.

A maioria das dificuldades de aprendizagem está relacionada exatamente com o desconhecimento desta verdade (o stress do estudante é, quase sempre, decorrência deste desconhecimento). Muitos estudantes “pensam” que não podem e que não vão aprender, e este pensamento funciona como uma “ordem para a inteligência bloquear o raciocínio e a criatividade”. Ora, isto também é uma informação, ou não é?

E, portanto, ela será admitida pelo cérebro como informação. Dizer ao cérebro que algo “é difícil” — e “aceitar” isso — também é uma aprendizagem; negativa, mas é. Se, em vez desta ordem, a pessoa afirmar (informar ao cérebro) que pode aprender, que vai aprender, com certeza aprenderá. O “fácil” e o “difícil” são conceitos relativos ao “tempo”. Para uma criança de dois anos, contar de 1 a 100 é dificílimo, no entanto, aos sete anos, esta tarefa será extremamente fácil. Ocorre, entretanto, que o “tempo de duração de uma dificuldade” pode ser reduzido bastante quando a pessoa se dispõe a aprender.

Lozanov provou que isto é possível através da sua Sugestopedia. Assim sendo — e é importante gravar isto — saiba que você pode influenciar sua inteligência e criatividade com a sua vontade. Basta “informar” à inteligência sobre esta sua disposição em aprender e você de fato aprenderá.

Como melhorar a inteligência (a memória) e a criatividade?

Faça formulações positivas a respeito da sua capacidade intelectual. “Diga” permanentemente ao seu cérebro que você é muito inteligente e muito criativo (porque na realidade VOCÊ É ASSIM!). Creia que seu cérebro estará livre de julgamentos subjetivos; ele “aceitará” estas informações como verdadeiras e trabalhará como tal. O software do pensamento criativo, do pensamento genial, está em TODOS OS CÉREBROS. Você só precisa ativá-lo.

Os cérebros de Einstein, de Pasteur, de Edison, de Leonardo da Vinci, não eram diferentes do seu! A diferença fica apenas por conta da ousadia, da coragem e da convicção que eles tinham de que “poderiam sempre fazer melhor”. Pois é a coragem, a ousadia e a convicção que “ativam” o intelecto. Em termos de inteligência, o cérebro obedece sempre a este mesmo princípio: “se você pensa que pode, ou pensa que não pode, em ambos os casos terá razão”.

 

“Qualquer coisa que possas fazer ou sonhar, podes começá-la. A ousadia encerra em si mesma genialidade, poder e magia. Ouse fazer, e o poder lhe será dado!”
Johann Wolfgang von Goethe

 

Portanto, é você quem decide. Ao se “dispor a ser mais inteligente e mais criativo” você estará “ordenando” que seu cérebro utilize o software da criatividade para gerar soluções. E assim acontecerá. Van Gogh não nasceu um pintor genial; ele “formou-se” genial. Victor Hugo também não nasceu escrevendo como um gênio; ele “aprendeu” a escrever como um gênio.

Faça um pequeno teste: diga a uma criança que ela é muito inteligente e observe como ela reagirá, “criando” coisas para “provar” essa inteligência. Muitas crianças, imediatamente, pegam sua caixa de lápis de cor nessa hora e começam a desenhar. Este é o “disparo” do pensamento criativo. E você pode provocar este “disparo” em você mesmo. O segredo é você repetir (assim como fazia quando aprendeu tabuada, lembra?), insistentemente, que você é muito inteligente, que é capaz de aprender tudo, que é muito criativo e que sempre tem ideias brilhantes. Repita isso — INSISTENTEMENTE — até que tais afirmações tomem o seu subconsciente e se traduzam em VERDADES. Lembre-se: “até mesmo uma mentira, se repetida continuadamente, torna-se verdade”.

 

Originalmente publicado no blog Aprender é fácil.

 


Atualizado em 2016/01/30