27 janeiro 2011

Hipnose usada na investigação da criatividade e da imaginação

IMAGEM: Citação de Albert Einstein

 

A criatividade é definida como a capacidade de transcender as ideias, normas, padrões e relações tradicionais, para criar novas e significativas ideias, formas, métodos, interpretações, etc. A criatividade é fácil de definir, mas os pesquisadores muitas vezes se perguntam como ela pode ser medida e como as pessoas têm diferentes aptidões para a criatividade. A hipnose auxilia na investigação da criatividade e também permite que os psicólogos estudem a relação entre a criatividade e a hipnotizabilidade.

A hipnose cria um estado alterado de consciência, o que a torna uma boa ferramenta para a investigação de estados criativos e da propensão à fantasia. Pensa-se que a hipnose pode levar a um avanço na compreensão da origem da inspiração criativa.

Bowers e van der Meulen (1970) realizaram um estudo envolvendo 30 pessoas altamente sugestionáveis e 30 participantes menos sugestionáveis. O estudo envolveu muitos testes de funcionamento criativo incluindo tarefas criativas, testes de Rorschach, e testes de associação. Os resultados do estudo mostraram que aqueles que eram mais hipnotizáveis apresentaram melhor desempenho nos testes de criatividade. O estudo também concluiu que as mulheres eram mais criativas do que os homens.

Outro estudo foi conduzido para estudar a relação entre a hipnose e a criatividade. A hipnose foi usada para medir o grau de resposta sem esforço para tarefas envolvendo a criatividade. O estudo consistiu de estudantes e escritores que foram convidados a escrever em um estado hipnótico. O pesquisador também analisou os vários estilos criativos dos participantes. Os resultados mostraram que a criatividade estava em seu ponto mais alto quando não houve interferência entre as associações e a resolução de problemas (Bowers, 1979).

IMAGEM: Lâmpada em forma de cérebro

Lynn e Rhue (1988) analisaram 6.000 estudantes para selecionar 780 participantes em seu estudo. Eles foram divididos em três grupos com base em sua propensão a fantasia. Eles foram então comparados com base em medidas de hipnotizabilidade, imaginação, sugestionabilidade, capacidade alucinatória, criatividade, psicopatologia e experiências da infância. Os pesquisadores descobriram que havia menos de uma ligação entre a propensão à fantasia e a hipnotizabilidade do que se pensava inicialmente. Isto significa que mesmo aquelas pessoas que não são criativas tendem a responder positivamente à hipnose. Também foi descoberto que aqueles que eram mais propensos a fantasia e criatividade não eram necessariamente altamente sugestionáveis sob hipnose.

Embora estes estudos diferem em fazer uma conexão entre a sugestionabilidade e a criatividade, todos os estudos chegaram a conclusões interessantes envolvendo a criatividade e a hipnose. O estado de hipnose permite aos pesquisadores estudar a criatividade de um modo não invasivo e de forma natural. Outras pesquisas devem ser realizadas para se aprender mais a respeito da criatividade e da imaginação.

 

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Fontes:

 


Atualizado em 2015/12/24