Introdução
Recentemente, buscando novidades e demais informações sobre hipnose, deparei-me com um curto artigo em inglês que me chamou a atenção. Neste artigo, o autor fala de forma sucinta sobre o “real” motivo de Freud ter “abandonado” a hipnose.
Confesso que meu inglês não é lá aquelas coisas, mas foi o suficiente para compreender a essência transmitida e, — primando pela qualidade, como sempre —, solicitei ao amigo de além mar, Ricardo Costa que traduzisse o artigo para compartilhá-lo aqui com vocês.
Abaixo, segue o artigo traduzido.
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Freud e a Hipnose
Ouço constantemente as pessoas falarem sobre Freud ter abandonado a prática da hipnose. Tenho ouvido teorias que vão desde “ele não era bom nisso” até “ele abandonou a prática para dar mais credibilidade às suas teorias na comunidade científica”. Isso não faz sentido, pois Freud baseou a Teoria Psicanalítica (o trabalho da sua vida) em informação obtida de participantes enquanto estes estavam hipnotizados, e o próprio Charcot afirmou que Freud era um dos seus melhores alunos.
A verdade é que Freud sofreu de câncer de boca manifestado pelo seu insaciável desejo (ou devemos chamar-lhe “fixação oral”) por charutos bastante fortes e desagradáveis. O timbre hipnótico que é comum à maioria dos hipnoterapeutas tornou-se impossível para ele após algum tempo. Para além disso, ele tinha acabado de deixar a França (praticamente expulso) devido às suas práticas e alegações sobre a prática da hipnose.
Na verdade, Freud continuou a usar a hipnose; simplesmente usou uma indução diferente, e chamou-lhe “associação livre”. Toda a configuração do seu consultório, com os estranhos e exóticos objetos, a cor e o padrão do papel de parede, assim como a reputação e presença de Freud, eram na verdade uma indução instantânea. Freud havia aprendido que toda hipnose é uma auto-hipnose e simplesmente facilitava aos participantes uma jornada neste território sem o uso da incessante influência verbal que os hipnotizadores menos experientes pensavam ser necessária.
Quer lhe chamemos relaxamento mental, hipnose ou associação livre, uma rosa é uma rosa é uma rosa…
Por J. Ben Fisher CI, CMH
Fonte: HypnoGenesis
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Conclusão
Confesso que não havia pensado sob essa perspectiva antes, mas que (pelo menos pra mim) faz total sentido e permanece congruente com o que sei e aprendi sobre hipnose.
E você, pensa, conhece algo diferente a respeito desse assunto?
Compartilhe comigo e com os demais leitores através dos comentários logo abaixo.
Atualizado em 2016/02/05