Tópicos
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Introdução
Olá novamente.
Hoje vou falar de um assunto ligeiramente diferente da minha nossa querida hipnose, mas um assunto ainda correlato: Terapia!
Não me refiro a “ter a pia” cheia de louça pra lavar, muito menos de uma terapia em específico, (como a hipnoterapia, que é um assunto muito abordado aqui no blog). Antes, quero abordar de forma breve as vantagens (e “desvantagens”) de se fazer uma terapia.
Há algum tempo publiquei aqui no blog um excelente texto da Daniela Palmeira, cujo título é “Terapia é coisa pra corajoso!”. Vale a pena conferir! ;)
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Curiosidade
No domingo passado, (01/Set/2013), ao visitar meu perfil do Facebook, deparei-me com uma publicação da minha amiga Elise Garcia, (autora do blog Litteraria, e A primeira pessoa que me incentivou à criar e manter um blog), que incorporo abaixo:
Leiam, leiam, leiam! :D
Posted by Elise Garcia on Domingo, 1 de setembro de 2013
Ao ler esta pequena publicação fiquei curioso, (afinal, raramente a Elise publica algo que seja menos que interessante), cliquei no link e fui ler o conteúdo, que no final me levou até a HQ “Terapia” no Petisco.org.
Terapia é uma WebComic, (entenda-se “História em Quadrinhos na internet”), semanal mantida e idealizada por Rob Gordon, Marina Kurcis e Mario Cau, ganhadora do troféu HQMIX 2011 na categoria WebQuadrinhos. As publicações lembram muito o estilo de HQ’s do início do século XX, e a ilustração é outra arte a parte, com estilos diversos. Particularmente, gostei muito de todo o trabalho, afinal, sou fã de HQ’s desde a adolescência!
Nesta história, um rapaz anônimo, com seus vinte e poucos anos, fã de blues, divide com seu terapeuta suas mazelas, seus sonhos e história de vida, buscando um significado que satisfaça a si próprio.
Abaixo, deixo algumas imagens para que vocês possam conferir, (lembrem-se de visitar o Terapia pelo link acima, ou ainda por este link, que leva direto à primeira página da HQ). Clique na imagem para ampliar:
Fonte (imagens): Terapia
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Definições
Segundo o dicionário Miniaurélio Eletrônico (versão 5.12):
- TERAPIA: s.f. Terapêutica • Terapia ocupacional • Psicol. Aquela em que se procura desenvolver o interesse do paciente por um determinado trabalho ou ocupação. § te.rá.pi.co adj.
- TERAPÊUTICA: s.f. Parte da medicina que estuda e põe em prática os meios adequados para aliviar ou curar os doentes; terapia. § te.ra.pêu.ti.co adj.
Segundo o dicionário Michaelis UOL (eletrônico):
- TERAPIA: s.f. Terapêutica.
- TERAPÊUTICA: s.f. Parte da medicina que estuda e põe em prática os meios adequados para aliviar ou curar os doentes; terapia.
- TERAPÊUTICO: adj. Relativo à terapêutica.
- TERAPEUTA: s.m. e f. 1. Pessoa que exerce a terapêutica; médico, clínico. 2. Pessoa que conhece bem as indicações terapêuticas.
Só pelo exposto acima, podemos chegar à conclusão que a terapia envolve muito mais que apenas alguns conceitos “soltos”. Terapia, (segundo o meu conceito), é tudo aquilo que promove a melhora no ser humano, (independente de qualquer condição e/ou situação), em toda e qualquer área de sua vida.
Uma terapia bem feita, bem estruturada e, principalmente, uma terapia bem aceita pelo cliente, é capaz de proporcionar mudanças mais que consideráveis em todo o sistema do sujeito. Por “sistema”, refiro-me ao seguinte: o ser humano é sistêmico, ou seja, sua condição mental reflete automaticamente em seu corpo, da mesma forma que sua postura corporal pode influenciar sua condição mental. O melhor exemplo que conheço para ilustrar essa questão, é com o seguinte quadro (que, curiosamente, é parte de uma HQ):
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Vantagens da Terapia
Muito se engana aquele sujeito que pensa que é preciso estar em depressão, fóbico ou com qualquer outro tipo de “problema(s)” para passar por terapia.
Passar por terapia é buscar (e alcançar) um novo patamar em sua vida, é atingir novas metas, conquistar uma melhora em sua qualidade de vida e, por conseguinte, tornar-se melhor do que já é naquilo que faz bem!
Ao contrário do que muita gente pensa, ser terapeutizado é delicioso! É aprender cada vez mais sobre você mesmo sob perspectivas ainda não exploradas.
Utilizando (variadas) ferramentas e tecnologias terapêuticas, o profissional (terapeuta) lhe ajudará a se tornar capaz de pensar melhor diante de situações distintas, de “encarar” os acontecimentos do dia a dia de forma totalmente nova e positiva, adquirindo maior autocontrole, melhorando a autoestima e, automaticamente, recebendo as vantagens que esses novos comportamentos lhe proporcionarão.
Mas cabe aqui um alerta: ainda tem gente que infelizmente pensa que o terapeuta seja uma fada madrinha com sua varinha de condão, ou mesmo um feiticeiro que com um ou dois passes de mágica, lhe ajudará e lhe dará o que busca. (Quem dera fosse realmente assim! :wink:)
Antes de qualquer coisa, o terapeuta é também um ser humano de carne e osso, assim como você e eu, que também passa por situações nem sempre agradáveis, também tem dor de cabeça, dor de dente e que em algumas ocasiões, pode também ficar depressivo. (Vale lembrar que o terapeuta também pode e deve ser terapeutizado!) A diferença, é que o terapeuta estudou uma (e/ou geralmente mais de uma) técnica arduamente, técnica essa capaz de ajudar seus clientes a alcançarem seus objetivos.
O terapeuta jamais fará por você o que só você pode fazer por si mesmo(a). Para exemplificar isso, costumo contar uma pequena anedota:
Certa ocasião, um terapeuta e seu cliente descobriram que ambos gostavam muito de Rally. Depois que descobriram isso, passaram a agendar sua consulta sempre para o último horário, pois assim, poderiam estender a conversa após o término da sessão para falarem de sua paixão em comum.
Após algum tempo o cliente, (que era piloto amador), convidou o terapeuta para participar de uma corrida. O terapeuta ficou muito contente com o convite e aceitou sem demora.
Até devido à inexperiência do terapeuta em pilotar em terreno acidentado como o do trajeto da corrida, ficou acertado que ele seria o navegador da picape do cliente. Ele até ficou contente com a posição que lhe coube, pois sempre gostou exatamente disso: manejar o equipamento GPS, conferir os resultados e sugerir os melhores trajetos para se atingir o final da prova.
No dia da prova, ambos estavam eufóricos em seus uniformes e posições. Largaram numa posição legal e desenvolveram um excelente trajeto, sem qualquer tipo de contratempo, pois o piloto conhecia aquela pista.
Mas faltando alguns poucos quilômetros para o final da prova, o navegador apontou que em pouco mais de 800 metros, logo após a curva, havia uma árvore caída, e sugeriu que o piloto realizasse um desvio pelo lado direito, 200 metros antes da árvore caída.
Neste ponto, o piloto ficou ligeiramente confuso, pois ele sempre realizou a curva sem nenhum problema, nunca houve qualquer tipo de impedimento naquele trecho do trajeto. E nesse pequeno tempo de indecisão, a curva se aproximava.
Percebam que aqui, o piloto tinha cinco alternativas:
- Ele poderia seguir direto como sempre fez naquele trecho, afinal, ele conhecia o trajeto todo (e bater na árvore caída);
- Ele poderia virar à esquerda (e correr o risco de ficar atolado no pântano que havia daquele lado);
- Ele poderia também parar por completo, (desistindo da prova);
- Poderia engatar marcha à ré, (e voltar para o início da prova); e finalmente,
- Ele poderia seguir a orientação do seu navegador virando à direita, (e atingindo o objetivo comum de ambos: o final da prova)!
Por mais que o navegador quisesse que o piloto realizasse tal manobra, o controle da picape estava nas mãos do piloto, cabendo apenas a ele a decisão de seguir ou não a orientação do navegador. Sendo impossível pra ele tomar a direção e assumir o controle da picape (que nem era dele).
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“Desvantagens” da Terapia
Como (hipno)terapeuta que sou, é chato falar, é mentira, adoro falar isso!, mas fazer terapia tem também suas “desvantagens”!
Como foi dito acima, ao se fazer terapia e/ou ser terapeutizado, algumas mudanças vão ocorrer com toda a certeza! E essas mudanças podem causar alguns “transtornos”. Neste caso, costuma variar muito de indivíduo para indivíduo.
É sabido que o ser humano costuma ser resistente às mudanças, mas da mesma forma, sabemos que sem mudanças, jamais teremos e/ou viveremos algo novo! Albert Einstein disse o seguinte certa vez:
“Não se pode esperar resultados diferentes fazendo as coisas da mesma forma.”
1ª. Ao se fazer terapia, a primeira “desvantagem” que encontraremos é sair da Zona de Conforto.
A Zona de Conforto, (ou simplesmente ZC) é como uma prisão. A ZC nos deixa presos num determinado local, situação e/ou realizando certos padrões que nem sempre nos são favoráveis. Devido a ZC, muitos profissionais qualificados deixam de galgar novos patamares em sua profissão, seja por medo, seja por comodismo, seja por “falta” de interesse e etc., por exemplo.
Quando somos terapeutizados, nós quebramos as correntes da ZC de tal forma, que passamos a agir e reagir de maneiras totalmente novas e/ou inovadoras, realizando mudanças essenciais ao nosso progresso pessoal, profissional, emocional e psicológico.
2ª. A segunda “desvantagem” da terapia, é que as pessoas ao nosso redor começam a ficar curiosas sobre o que está acontecendo conosco. A curiosidade do ser humano é uma coisa que não preciso comentar.
Devido às mudanças que vão ocorrendo em nosso comportamento no decorrer da terapia, alguns amigos vão tentar lhe trazer novamente à ZC, (pois ninguém gosta de ficar preso numa solitária, todos querem companhia!). Desta forma, é possível que entre todas as mudanças que ocorram, mudemos também de posicionamento diante de determinados amigos, parentes e conhecidos.
Você se tornará mais “seletivo”, buscando a companhia de outras pessoas como a que você está se tornando, pessoas que buscam sempre algo melhor pra si e para os seus, pessoas que compartilhem dos seus novos ideais e valores.
3ª. A terceira “desvantagem” é você se tornar um propagandista. Propagandista é aquele que faz propaganda. Aos poucos, você começa a notar todas as melhoras e vantagens que a terapia lhe proporcionou, e começa a recomendar aos amigos e familiares que façam o mesmo.
Algumas pessoas são mais descaradas e propagam aos quatro ventos os benefícios colhidos e o quanto a terapia lhe ajudou. Outros são mais sucintos, mas sempre adicionam um comentário de efeito num momento que julgue propício.
4ª. A quarta (e última) “desvantagem” ao se fazer terapia é querer continuar com o processo terapêutico indefinidamente.
Conheço pessoas que tiveram tantos benefícios através da terapia, que continuam insistindo em remarcar mais uma sessão, ou mais um pacote de sessões para trabalhar outros aspectos de sua vida. Aspectos estes que antes da terapia, eram totalmente satisfatórios, (ou pelo menos não incomodavam tanto), mas que agora, com a(s) nova(s) perspectiva(s) adquirida(s), percebem que podem melhorar ainda mais, atingindo resultados antes inimagináveis.
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Conclusão
Independente do tipo de terapia que você escolha, é certo que você vai mudar de posição diante da forma que você vive e encara sua vida atual. Assim como cada indivíduo é diferente um do outro, existe uma infinidade de técnicas terapêuticas, e uma delas com toda a certeza vai lhe satisfazer.
Uma coisa que gosto de enfatizar e lembrar é: sempre busque referências sobre o profissional, procure saber se o profissional em questão é realmente habilitado, se é filiado a alguma associação e/ou sociedade, enfim, seja precavido, pois da mesma forma que existem maus profissionais em todas as outras profissões, na terapia não é diferente. Infelizmente existem alguns “picaretas” que procuram tirar vantagem do próximo.
Mas o que me deixa realmente feliz, é que a quantidade de bons e excelentes profissionais é muito, muito superior, e esses, os bons profissionais, estão totalmente preparados e apenas aguardando a oportunidade de poder ajudar seu próximo a atingir seus objetivos.
Finalizando, vou deixar duas frases que gosto muito:
“Qualquer coisa que possas fazer ou sonhar, podes começá-la. A ousadia encerra em si mesma genialidade, poder e magia.
Ouse fazer, e o poder lhe será dado!”
— Johann Wolfgang von Goethe
“Ao estipular seus objetivos, mire na Lua; pois mesmo que aconteça de você não alcançá-los, ainda estará entre as estrelas!”
— Dr. Lair Ribeiro
E você, conhece alguma curiosidade, vantagem e/ou “desvantagem” em se fazer terapia? Compartilhe comigo e com os outros leitores utilizando os comentários logo abaixo!
Atualizado em 2015/12/01